quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Madrid: o parlamento cercado


ABAIXO A REPRESSÃO! DEMISSÃO DO GOVERNO!

Hoje, 25 de Setembro, em Madrid, os baluartes da “Transição” (nome que se dá ao período de transição do franquismo para a “democracia”), os defensores do “Estado de Direito”, ou seja do PSOE, PP e dos franquistas, que escrevem nas páginas do El País e do El Mundo, defendem o “Congresso” (Parlamento de Espanha) contra o povo, isto é, opõem a suposta “democracia” dos cortes contra o povo em favor da banca, e dos ricos contra os trabalhadores.

As pessoas foram rodear o Congresso que, é verdade, não os representa, porque se assim fosse defenderia o povo dos ataques de Rajoy, da Troika e da Banca, e não ao contrário, como está a fazer. Leia mais

Veja abaixo o vídeo do mega protesto. 


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

USP: Seminário A Esquerda na América Latina



Entre os dias 11 e 13 de setembro, a Universidade de São Paulo (USP) recebe o Seminário A Esquerda na América Latina - História, Presente, Perspectivas. Organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina, estão programadas dezenas de mesas redondas debatendo diversos aspectos dos desafios da esquerda no continente.

O PSTU estará contribuindo com os debates, através de seus militantes escalados para a discussão de temas como a reorganização da classe trabalhadora, a luta dos estudantes e mulheres - dentre outros. Confira aqui a programação.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Os estranhos incêndios nas favelas de SP

Desde 2008, a maior cidade do país assiste ao aumento do número de casos de incêndios, quase 600. Só neste ano foram  32. Todas as favelas que foram incendiadas  se localizavam em regiões de alta valorização imobiliária. Uma  CPI foi  criada pela Câmara Municipal para investigar as causas, mas a comissão é dominada pela base do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e não anda. A Rede Brasil Atual publicou um especial sobre os 'misteriosos' incêndios. Confira! 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

'Uma esquerda equivocada': uma resposta necessária aos apoiadores da ditadura Assad

FONTE: Folha de S.Paulo, 5 de setembro de 2012.

Uma esquerda equivocada
Marcia Camargos e Aldo Cordeiro Saúda 

Quando milicianos leais a Bashar Assad, sob o comando do exercito sírio, invadiram o vilarejo de Houla, em 28 de maio, Muawiya Saayed mandou as mulheres e crianças refugiarem-se no vizinho.
Sua esposa ficou escondida entre as plantas do jardim. De lá, ouviu os gritos do marido e do filho mais velho sendo torturados e executados pelas forças de Bashar.
Na correria para fugir, ficou para trás a caçula, de 8 anos. Pouco depois, o corpo da pequena Sara viria somar-se a outros 107 computados, na aldeia, por observadores da ONU.
Quase tão chocante como episódios desta natureza tem sido a atitude de algumas figuras emblemáticas do continente sul-americano diante da situação.
No Brasil, parte significativa da esquerda, incluindo intelectuais, dirigentes de sindicatos e movimentos sociais, partidos e deputados comprometidos com a luta contra a violência de Estado, além de velhos combatentes à ditadura militar verde-amarela, apoiam um regime cuja brutalidade cresce de maneira assustadora.
Alegando que Bashar seria anti-imperialista e, portanto, preferível à "turma da Otan e seus asseclas regionais", eles fecham os olhos para um dos mais atrozes crimes contra a humanidade do século 21.
Não há dúvida de que a revolução síria, iniciada de forma pacífica há 18 meses, tem acumulado contradições intrínsecas ao processo e exacerbado divisões sectárias entre alauítas, sunitas e cristãos.
Mas, ao negar solidariedade aos oprimidos, essas esquerdas desprezam os princípios fundamentais da cartilha marxista. Pior: fazem coro aos inaceitáveis comentários vindos de Caracas, onde Hugo Chávez chamou Assad de "líder árabe socialista, humanista, irmão, com uma grande sensibilidade".
Ignorando o caráter de massas da oposição, o chefe bolivariano descreveu seu "companheiro" como vitima de um complô norte-americano para desalojá-lo do poder.
Ora, nem a realpolitik absolve tais palavras.
A ideia de Assad como inimigo dos ianques não tem lastro histórico. Segundo documentos revelados pelo site WikiLeaks, o governo de Damasco não só praticou tortura terceirizada a mando da CIA como possuía, até muito pouco tempo atrás, relações estreitíssimas com a referida agência.
Verdade seja dita, a amizade entre a Casa Branca e a família Assad vem de longe. O pai, de quem Bashar herdou o trono de presidente, prontamente integrou a coalizão liderada por Bush pai, em 1992, para invadir o Iraque. Em 1976, quando a Síria ocupou o Líbano com o objetivo de derrotar o movimento nacional palestino, os Assad contaram com o respaldo direto de Washington e Tel Aviv. Não por acaso, os Estados Unidos se preocupam menos com a contingência de Assad possuir armas químicas do que com a possibilidade delas saírem de suas confiáveis mãos.
Buscando justificar o injustificável, sob a defesa de uma suposta soberania nacional, os ditos anti-imperialistas fingem não ver as bases militares russas nas praias da Síria, por onde circulam bilhões de dólares em máquinas de matar enviadas por Moscou.
Outros citam a presença de integrantes da Al Qaeda no confronto armado. Reproduzem, de maneira fiel, os argumentos utilizados por Washington na sua tentativa de desqualificar a resistência iraquiana.
E vão além. Ao apresentarem Bashar como herói antissionista, esquecem que sob seu governo as fronteiras do país foram as mais seguras para Israel, que tinha como líquida e certa a posse definitiva das Colinas de Golã.
Por sorte, enquanto setores da esquerda encenam um papel lamentável, o povo sírio prossegue com heroísmo na sua luta desigual.