sábado, 30 de janeiro de 2010

Garnett encara Bóris: Isso é uma vergonha

Daniel Garnett manda muito bem na resposta ao ódio de classe de Bóris Casoy no rap “Isso é uma vergonha”.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Blogosfera Ocupada: Quilombo Raça e Classe

O blog do Jornal Quilombo Raça e Classe é nossa primeira recomendação de blog do ano. O Quilombo Raça e Classe está na web desde meados do ano passado e vem dando grande ênfase à campanha de solidariedade ao Haiti. Vale a visita.

quilombo

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

PM prende nove integrantes do MST em Iaras (SP)

No último dia 25, segunda-feira, a Polícia Militar prendeu nove integrantes do MST na região de Iaras, município próximo a Bauru no interior de São Paulo.

O MST de São Paulo denuncia que desde o final da tarde dessa segunda, a PM fazia cercos e intimidações a acampamentos e assentamentos na região, munidos com mandados de busca, apreensão e prisão. Segundo nota divulgada pelo movimento, “além de cercarem casas e barracos, prenderem pessoas e promoverem o terror em algumas comunidades, também têm apreendido pertences pessoais de muitos militantes – exigindo notas fiscais e outros documentos para forjar acusações de roubos e crimes afins”.

Entre os presos está a vereadora de Iaras, Rose Serpa (PT), que também é assentada no município.

As prisões representam mais um capítulo no processo de criminalização dos sem-terras. Em outubro do ano passado a imprensa promoveu uma ampla campanha contra o movimento, que ocupava uma área da União utilizada pela Cutrale para a monocultura de laranja voltada à exportação.

A imprensa mostrou cenas de alguns pés de laranja sendo derrubados para darem lugar à plantação de alimentos, taxando os ativistas de “criminosos”.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Heloísa Helena segue elogiando Marina Silva (PV)

Em entrevista à rádio Gaúcha, de Porto Alegre, nesse dia 20, a presidenta nacional do PSOL, Heloísa Helena, teceu uma série de elogios à pré-candidata do PV, Marina Silva. Entre outras coisas, disse que Marina "será uma grande presidente da República", e diz ter certeza que "qualquer agrupamento do PSOL saberá respeitar minhas convicções por Marina".

  • Escute aqui a entrevista de Heloísa Helena
  • quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

    Cinco minutos sobre Haiti está na rede. Não deixe de assistir.

    Eduardo Almeida no programa Cinco minutos sobre Haiti

    Excelente o video-declaração gravado com o companheiro Eduardo Almeida. No video, Edu compara os gastos da tal ajuda humanitária aos da operação de salvamento dos bancos quando a crise econômica mostrou a cara, e a comparação é de fato escandalosa: 25 trilhões de dólares para os bancos contra poucos milhões para o Haiti. A comparação também é feita em relação ao governo brasileiro, 600 milhões de dólares para o Minustah reprimir o povo contra 10 a 15 milhões para ajudar os haitinanos. O video ainda fala sobre a ocupação militar levada a cabo por Barack Obama. Enfim, não deixe de assistir.

    No portal, leia:

    Pastor racista afirma que terremoto no Haiti foi resultado de pacto com o diabo

    pat_robertson_devil_sign Acredite se quiser. Parece piada de mal gosto, mas não é. O pastor petencostal estadunidense Pat Robertson declarou no dia 13/01 em seu canal de TV, Christian Broadcasting Network, que o terremoto foi decorrente do “pacto com o diabo” que os haitianos fizeram para ser ver livres das garras francesas. Ou seja, o grande problema foi porque os negros ousaram expulsar os bons cristãos franceses de suas terras e conquistar a maldita independência.

    Robertson é conhecido por suas declarações estapafúrdias sempre enfestadas de machismo, racismo, homofobia e mais uma gama infindável de “ódio divino”. Para o pastor ser feminista é "matar os seus filhos, praticar feitiçaria, destruir o capitalismo e tornarem-se lésbicas"; e os ataques de 11 de setembro foram "juízos da ira divina contra os homossexuais, ateus e liberais".

    Leia aqui.

    terça-feira, 19 de janeiro de 2010

    Censura nos estádios


    A torcida organizada Guerrilha Azul, a exemplo de seu time, o Monte Azul, recém-egresso à primeira divisão do Campeonato Paulista, é pequena mas aguerrida. O seu símbolo não poderia ser outro: as faixas e camisetas da torcida estampam ninguém menos que Che Guevara.

    A torcida, porém, está sendo vítima de censura nos estádios. No jogo de estreia do time, contra o Corinthians, foi realizado no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, e a polícia vetou a utilização de imagens de Che.

    A desculpa usada pelo comando da PM para a censura foi que a imagem de Che caracterizaria "apologia à violência". O major Francisco Neto, tentou ainda dar uma amenizada na polêmica, mas a emenda ficou pior que o soneto:

    "Não foi uma proibição, foi apenas uma orientação. Daqui a pouco alguma torcida pode aparecer com uma imagem do Bob Marley ou com uma folha de maconha na bandeira.”

    Veja fotos da torcida, no site do Monte Azul

    sábado, 16 de janeiro de 2010

    "Ajuda humanitária" do Brasil inclui bombas de gás lacrimogêneo, cassetetes e balas de borracha

    Enquanto a população do Haiti padece nas mais terríveis condições, o Brasil despacha para lá uma estranha carga.

    De acordo com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o governo brasileiro está enviando ao Haiti armas não letais, como armas munidas com balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes, para “apoiar as tropas”.

    Isso porque as tropas da Minustah sob a liderança do Brasil já estão se preparando para reprimirem possíveis manifestações contra a falta de comida, água e remédios que, avaliam, se aprofundarão nos próximos dias. “Tendo em vista a falta de água, de combustível e alimentos, as pessoas começarão a ficar revoltadas”, afirmou Jobim

    quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

    Haiti: estamos abandonados

    O estudante e militante do PSTU, Otávio Calegari, está no Haiti com um grupo de pesquisadores realizando estudo de campo no país. Otávio está testemunhando o caos que impera no país arrasado e o verdadeiro caráter da ocupação militar liderada pelo Brasil. Leia a seguir um texto publicado no blog do grupo de estudantes.

    A noite de ontem foi a coisa mais extraordinária de minha vida. Deitado do lado de fora da casa onde estamos hospedados, ao som das cantorias religiosas que tomaram lugar nas ruas ao redor e banhado por um estrelado e maravilhoso céu caribenho, imagens iam e vinham. No entanto, não escrevo este pequeno texto para alimentar a avidez sádica de um mundo já farto de imagens de sofrimento.

    O que presenciamos ontem no Haiti foi muito mais do que um forte terremoto. Foi a destruição do centro de um país sempre renegado pelo mundo. Foi o resultado de intervenções, massacres e ocupações que sempre tentaram calar a primeira república negra do mundo. Os haitianos pagam diariamente por esta ousadia.

    O que o Brasil e a ONU fizeram em seis anos de ocupação no Haiti? As casas feitas de areia, a falta de hospitais, a falta de escolas, o lixo. Alguns desses problemas foram resolvidos com a presença de milhares de militares de todo mundo?

    A ONU gasta meio bilhão de dólares por ano para fazer do Haiti um teste de guerra. Ontem pela manhã estivemos no BRABATT, o principal Batalhão Brasileiro da Minustah. Quando questionado sobre o interesse militar brasileiro na ocupação haitiana, Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida, serve de laboratório (exatamente, laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas favelas cariocas. Infelizmente isto é o melhor que podemos fazer a este país.

    Hoje, dia 13 de janeiro, o povo haitiano está se perguntando mais do que nunca: onde está a Minustah quando precisamos dela?

    Posso responder a esta pergunta: a Minustah está removendo os escombros dos hotéis de luxo onde se hospedavam ricos hóspedes estrangeiros.

    Longe de mim ser contra qualquer medida nesse sentido, mesmo porque, por sermos estrangeiros e brancos, também poderíamos necessitar de qualquer apoio que pudesse vir da Minustah.

    A realidade, no entanto, já nos mostra o desfecho dessa tragédia – o povo haitiano será o último a ser atendido, e se possível. O que vimos pela cidade hoje e o que ouvimos dos haitianos é: estamos abandonados.

    A polícia haitiana, frágil e pequena, já está cumprindo muito bem seu papel – resguardar supermercados destruídos de uma população pobre e faminta. Como de praxe, colocando a propriedade na frente da humanidade.

    Me incomoda a ânsia por tragédias da mídia brasileira e internacional. Acho louvável a postura de nossa fotógrafa de não sair às ruas de Porto Príncipe para fotografar coisas destruídas e pessoas mortas. Acredito que nenhum de nós gostaria de compartilhar, um pouco que seja, o que passamos ontem.

    Infelizmente precisamos de mais uma calamidade para notarmos a existência do Haiti. Para nós, que estamos aqui, a ligação com esse povo e esse país será agora ainda mais difícil de ser quebrada.

    Espero que todos os que estão acompanhando o desenrolar desta tragédia também se atentem, antes tarde do que nunca, para este pequeno povo nesta pequena metade de ilha que deu a luz a uma criatividade, uma vontade de viver e uma luta tão invejáveis.

  • Leia o blog dos estudantes no Haiti
  • domingo, 10 de janeiro de 2010

    Bóris Casoy, os cabelos estão mais brancos, mas os ideais...

    O blog Cloaca News foi buscar na edição de 9 de novembro de 1986 da revista O Cruzeiro, a reportagem “Como Funciona o CCC” aonde o renomado âncora chacotador de garis figura entre os integrantes do Comando de Caça aos Comunistas. Além da reportagem o Cloaca News ainda fez o favor de fazer uma montagem com uma foto recente do dono do bordão “Isso é uma vergonha”.

    lembradaminhavoz Pois é… Os cabelos não são mais os mesmos mas o ódio de classe…

    domingo, 3 de janeiro de 2010

    Latuff: “Boris Casoy, o mais baixo da escala do caráter…”

    Latuff-garis

    O dia em que Boris Casoy bombou na internet

    Estava pesquisando algo mais político para marcar o primeiro arremesso do ano, ou quem sabe uma série de posts fazendo uma rápida retrospectiva de 2009, mas tenho que pedir licença aos blogonautas que acompanham o Blog Molotov para me somar aos inúmeros blogs e sites de notícias que estão propagando o “deslize” do âncora do Jornal da Band que deixou escapar uma pequena parcela de seu preconceito ao comentar sobre dois garis desejando “feliz ano novo”. O jornalista Bóris Casoy não percebeu que o áudio estava ligado e imaginem o que aconteceu… Foi parar no YouTube e agora virou viral. Só em um dos vídeos que estão na internet já foram mais de 785 mil acessos… e isso em somente em 3 dias desde a postagem.

    Vejam o video:

    E como não podíamos deixar passar em branco o bordão tão conhecido do jornalista: “Boris Casoy? Isso é uma vergonha”