sexta-feira, 29 de agosto de 2008

106 bi de juros

106bi

Esse foi o montante que o setor público consolidado (Banco Central, INSS, Tesouro Nacional, estados, municípios e estatais federais e estaduais) torrou este ano em pagamentos de juros. Somente no mês de julho foram quase 19 bilhões de reais. Também em julho foi produzido o maior superávit primário desde 1991. Foram mais de 12 bilhões de reais que deixaram de ser investidos e foram desviados para o ralo do pagamento de juros da dívida.

A informação é do portal Monitor Mercantil digital.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

"O PSOL não está a venda"

A decisão do diretório municipal do PSOL de POA de aceitar o financiamento da Gerdau não pode ser aceita por nenhum militante honesto seja ele do PSOL ou não. A construção da Frente de Esquerda em vários lugares do país é uma vitória dos que querem construir um polo de resistência à degeneração oportunista que se abateu sobre a imensa maioria das correntes do movimento de massas. Os que construímos a Frente de Esquerda em todo o país estamos entre aqueles que não aceitamos o vale-tudo eleitoral. E ser financiado pela burguesia não vale.

Nos somamos a todos aqueles que desde o PSOL exigem a anulação da decisão do diretório municipal de POA. Abaixo publicamos carta assinada por 30 militantes do PSOL de todo o país que faz essa exigência.

O PSOL não está a venda!

Nota do SR, CLS, AS, ARS, Reage Socialista e outros dirigida aos militantes do PSOL

A decisão do PSOL de Porto Alegre, tomada por maioria do Diretório Municipal, de aceitar a polpuda oferta financeira feita pelo Grupo Gerdau, a gigante siderúrgica de origem brasileira e hoje portentosa multinacional, representa um ponto de inflexão na construção do partido. Uma clara tomada de posição é necessária por parte de todos os setores envolvidos no processo de recomposição da esquerda socialista no Brasil.
Como militantes do movimento sindical, estudantil e popular do campo e da cidade, assim como militantes que, em sua maioria, ajudaram a fundar o PSOL e todos comprometidos com sua construção, manifestamos um veemente repúdio a tal decisão, tomada à revelia da base partidária.
Reivindicamos às instâncias de direção nacional a imediata anulação da deliberação de Porto Alegre e chamamos todos os militantes, independente de seu alinhamento interno, a manifestarem- se no mesmo sentido.
A decisão não fere apenas o Estatuto do partido e as resoluções aprovadas na 2ª Conferência Eleitoral do PSOL, sendo, portanto, de patente ilegalidade interna, mas atinge também e de forma profunda todo o acúmulo político sobre o qual o PSOL foi fundado e terá repercussões gravíssimas, se mantida.
Trata-se de mais um passo atrás, um retrocesso evidente em relação ao projeto original do PSOL. A decisão de Porto Alegre deve ser revertida e as lições desse episódio devem servir para a construção de outra política para o partido, uma política coerente com as reais aspirações da militância e da vanguarda ativa dos trabalhadores e da juventude que fundaram o PSOL.
A decisão da maioria do Diretório de Porto Alegre, defendida especialmente pela corrente MES, foi tomada em nome da aspiração de tirar o PSOL do isolamento e da mera posição de comentador da realidade.
Para esses (as) companheiros (as), o maior risco do PSOL hoje não é a degeneração oportunista, como aconteceu com o PT, mas sim o isolamento e a marginalidade.
Diante desse argumento, nós respondemos categoricamente: a política dos (as) companheiros (as) tende a nos conduzir para o pior dos mundos, a transformação do PSOL numa seita marginal exatamente porque passou a adotar uma política oportunista, que não consegue diferenciar o partido do amontoado de siglas existentes.
O tema do financiamento das campanhas não é um tema secundário na diferenciação do PSOL em relação aos partidos da ordem. Para dar um exemplo concreto, no primeiro debate televisivo com os candidatos a prefeito em São Paulo, a primeira pergunta do companheiro Ivan Valente, candidato do PSOL, ao ex-governador tucano Geraldo Alckmin foi exatamente sobre quem estava financiando sua campanha. Ivan Valente, que se alinha com o campo majoritário do partido, corretamente mostrou que o PSOL era o único que não tinha rabo preso com empresários e banqueiros.
Agora fica a questão: como responderemos se no próximo debate nos fizerem a mesma pergunta?
A resposta do MES, nessa situação, é simples: o que fizemos em Porto Alegre não é ilegal, está na prestação de contas pública da campanha e não tem nada que ver com mensalão ou coisa parecida. Mas, será que isso é suficiente para um partido como o PSOL? Nossas denúncias em relação ao mensalão petista e tucano e ao conjunto do sistema político-eleitoral do país nunca se limitaram às ilegalidades cometidas e que ficaram impunes.
Nós sempre denunciamos o jogo de interesses entre grandes empresas, bancos e os políticos no financiamento de campanhas.
O MES ainda argumenta que o questionamento da decisão de Porto Alegre sobre o dinheiro da Gerdau, na verdade, é um questionamento global às políticas decididas na direção nacional e Conferência Eleitoral, entre elas, a política de alianças, uma política que abre caminho para a conciliação de classes.
Ao argumentar dessa forma, o MES tenta passar a idéia de que essa política de financiamento de campanha é parte das deliberações da direção nacional e da Conferência eleitoral. É preciso que se repita com firmeza que isso não é verdade.
Em nossa opinião, de fato, o precedente aberto com a aliança com o PV em Porto Alegre e tantas outras alianças com pequenos partidos de base social burguesa e/ou da base do governo Lula, criou condições para mais essa política que fere o mais elementar princípio da independência de classe dos trabalhadores em relação ao inimigo de classe. A linha geral de priorização da disputa institucional e a ausência de uma política conseqüente do partido para o movimento de massas e as lutas sociais podem, pouco a pouco, levar o PSOL a uma total descaracterização.
Mas, independentemente de qualquer avaliação que se faça de tudo isso, não se pode utilizar nenhuma deliberação formal das instâncias do partido para justificar a decisão tomada em Porto Alegre. A aceitação do dinheiro da Gerdau representa um descumprimento das deliberações tomadas pelo partido até agora.
Essa postura dos setores majoritários em Porto Alegre deixa claro que só é possível macular a essência do projeto político original do PSOL, distanciando- o das posições classistas, anti-capitalistas e socialistas, promovendo ao mesmo tempo uma série de atentados contra uma concepção democrática de partido. O giro à direita na política implica necessariamente que se pise na democracia interna em todos os sentidos.
O que está em jogo neste momento é o futuro do PSOL e dos enormes esforços de amplos setores no sentido de reconstruir uma alternativa de esquerda conseqüente que tire as principais lições da falência do PT.
O argumento de que um questionamento enfático por parte da militância contra a decisão de um setor do partido em Porto Alegre prejudicaria a campanha do PSOL não pode ser admitido. Prejuízo incalculável, isso sim, virá se a decisão for mantida. Essa discussão não se refere apenas a Porto Alegre. Militantes e candidatos do PSOL em todo o país terão que arcar com o peso dessa decisão, uma decisão que não tomaram e sequer foram chamados a opinar sobre. É um direito e um dever desses candidatos e militantes buscarem diferenciar- se abertamente daquela decisão, rejeitando-a de forma categórica e buscando revertê-la. Por isso, companheiros e companheiras é o momento de unir o máximo possível de militantes coerentes com o projeto original do PSOL e evitar um retrocesso brutal para o partido. A unidade contra a decisão de Porto Alegre precisa levar em consideração as lições desse processo para o futuro do partido e ajudar a construir uma alternativa política conseqüente aos rumos atuais do PSOL.
Chamamos a todos e todas para se manifestarem e construirmos uma campanha nacional contra esse atentado ao PSOL democrático, independente, classista e socialista. Reivindicamos aquilo nos fez - e continua fazendo - militar no partido: construir uma ferramenta de luta conseqüente contra as reformas neoliberais e os governos que estão a serviço do capital e são capachos do imperialismo, como o governo Lula.
Queremos uma ferramenta política que seja capaz de arrancar conquistas por meio da luta e organização dos trabalhadores e do povo pobre do Brasil.
24 de agosto de 2008
Primeiro signatários:
André Ferrari, Direção Nacional do PSOL, Socialismo Revolucionário (SR)
Miguel Leme, candidato do PSOL a prefeito de Taboão da Serra (SP)
Raquel Guzzo, candidata a vereadora pelo PSOL em Campinas (SP)
José Afonso da Silva, Diretório Estadual do PSOL de SP
Jane Barros Almeida, Rio de Janeiro (RJ), Coletivo Nacional de Mulheres do PSOL
William Rodrigues, candidato a vereador pelo PSOL em Fortaleza (CE)
Gerlane Ambrósio, PSOL de Aracaju (SE)
Robério Paulino, São Paulo, Coletivo Liberdade Socialista (CLS)*
José Raimundo, Executiva Estadual do PSOL de MG
Eliana Lacerda, Belo Horizonte (MG), Presidente Federação Nacional dos Gráficos (Conlutas)
Zelito Ferreira, PSOL de Goiás
Ronaldo Delfino, candidato a vereador pelo PSOL em São Paulo
Marzeni Pereira, Executiva Municipal do PSOL de São Paulo
Mário Júnior, PSOL de Uberlândia (MG)
Neida Oliveira, Diretório Nacional e Executiva Estadual do PSOL do RS,*** Alternativa Socialista (AS)*
Erico Corrêa, Executiva Nacional do PSOL
Maira Ávila, Executiva Estadual do PSOL do RS
Salete Posan Nunes, Diretório Estadual e Presidente do PSOL de Passo Fundo (RS)
Izaura Sales, Diretório Estadual do PSOL do RS
Diogo Moreno, Diretório Estadual do PSOL do RS
Jucele A. Comis, Diretório Estadual do PSOL do RS
Paulo Rolim, presidente do PSOL de Caxias do Sul (RS)
Raimundo Nonato, Executiva Estadual do PSOL do PA,*** Alternativa Revolucionária Socialista (ARS)*
Manoel Ovídio, Diretório Estadual do PSOL do PA
Maria do Carmo, candidata a vereadora pelo PSOL em Belém (PA)
José Gilmar Júnior, Executiva do PSOL de Castanhal (PA)
José Pires de Araújo, Diretório do PSOL de Marituba (PA)
Daniel Souza, PSOL de Niterói (RJ),*** Reage Socialista*
Pedro Martins, PSOL de Niterói (RJ), Reage Socialista
Jorge Cesar, PSOL-RJ, SEPE-RJ de Mesquita

Assista programa de televisão de Kátia Teles denunciando os privilégios dos vereadores de Recife

Dirigente do PSOL da Paraíba publica carta sobre os 100 mil reais da Gerdau

Como se não bastasse ser o primeiro diretório a defender a aliança com partidos burgueses nessas eleições, o PSOL gaúcho aceitou a doação de R$ 100 mil reais da GERDAU. Vale destacar que a GERDAU é o 13º maior produtor de aço do mundo.

A denúncia é do Vice Presidente Estadual do PSOL da Paraíba, David Lobão. É fundamental que desde as inúmeras cidades de todo o país, aonde PSTU e PSOL somaram em aliança eleitoral, esse ato seja repudiado de conjunto pela frente de esquerda.

Segue o conteúdo da carta do companheiro David Lobão.

Caros camaradas,

No último dia 14, foi apresentado pelo MES e aprovado por maioria na Executiva Municipal de Porto Alegre a proposta de aceitar um financiamento de R$ 100 mil do grupo Gerdau para a campanha de Luciana Genro.

Evidentemente o fato é gravíssimo se considerarmos que este foi um dos elementos constitutivos da degeneração política, da adaptação institucional e à ordem do Partido dos Trabalhadores. Não por acaso há inúmeros intelectuais e correntes de pensamento na esquerda brasileira que consideram um fator chave na virada do PT o momento em que as campanhas começaram a aceitar financiamento de bancos e empresas capitalistas.

A questão é grave porque não compromete apenas a candidatura de Porto Alegre, compromete o conjunto do partido, inclusive inúmeras e importantes campanhas como a de Chico Alencar no Rio de Janeiro, que tem como um dos seus diferenciais a questão do financiamento de campanha, usado para desmascarar por exemplo, candidaturas como a de Jandira Feghali (PCdoB), que vai procurar levantar R$ 5 milhões de reais na indústria naval do Rio de Janeiro, ou candidaturas como a de Ivan Valente, que tem como um dos seus eixos de campanha a defesa do financiamento público das campanhas eleitorais.

O grupo Gerdau é o 13º maior produtor de aço do mundo, com forte atuação nas áreas de construção civil e agropecuária. Têm fábricas e negócios em 13 países além do Brasil, ações cotadas nas bolsas de São Paulo e Nova York. Possui no Brasil 45 mil trabalhadores.

Não estamos falando de pequenos ou médios comerciantes, ou microempresários. Estamos falando de um dos setores da burguesia brasileira (o grupo é sediado no Rio Grande do Sul) que mais entrou no processo de internacionalização da globalização capitalista.

A decisão da maioria da executiva do PSOL de Porto Alegre fere frontalmente a carta compromisso dos candidatos do PSOL aprovada por consenso na 2ª Conferência Eleitoral do partido. Em item em 6 ela define claramente:

"6 - Estimular, para as campanhas, as doações cidadãs de pessoas físicas, examinando criteriosamente eventuais contribuições de pessoas jurídicas, excluídas as vedadas pelo estatuto partidário - bancos e multinacionais - e as de empresas com contenciosos trabalhistas e ambientais; (negrito nosso")

Só para ficar neste aspecto o grupo Gerdau tem ou teve contenciosos trabalhistas e ambientais registrados inclusive nos balanços da empresa, como os ocorridos em fábricas suas no Canadá e EUA, além de contenciosos trabalhistas no Brasil, denúncias de sindicato, entrevistas do seu presidente defendendo a reforma trabalhista e etc. Estamos enviando em anexo documentação sobre isso.

Os argumentos levantados por dirigentes do MES de que esta questão não é de princípio, que não muda o que vamos fazer, porque o partido controla tudo, o dinheiro e a campanha desconhecem inclusive a história recente da esquerda e as fontes da sua degeneração histórica, para dizer o mínimo.

Aceitar financiamento de grandes grupos capitalistas é o início da domesticação, é o início da perda de independência política do partido diante do Capital, pois nenhum capitalista joga dinheiro pela janela ou financia políticos e partidos sem se importar se está financiando seus algozes, trata-se de um mecanismo brutal de pressão econômica sobre o partido e sobre sues dirigentes e figuras públicas que vão, dessa forma, amenizando discursos, rebaixando programa, pela simples razão que quando se aceita este tipo de oferta começa-se a entrar na rota dos compromissos. Luis Eduardo Grenhalg foi um paladino em congressos da classe trabalhadora na defesa da famosa Carta ao povo brasileiro de Lula em 2002, dizia que aquilo era para enganar o FMI, que depois no poder, eles iam fazer o que queriam começando por pegar o FMI. Sabemos bem onde terminou o governo Lula e onde foram parar personagens como Grenhalg. Simplesmente isto não existe porque o grande capital não funciona assim e muito menos está sendo enganado.

A repetição na reunião do diretório de Porto Alegre de argumentos similares aos usados por dirigentes do PT para enganar os militantes (e talvez a si mesmos) é alarmante. Pois quem está cedendo é a candidatura que aceita o ônus de ter que defender este tipo de financiamento de um grupo capitalista que quer assumidamente acabar com a legislação trabalhista atual. Não é o grupo Gerdau que está vindo em direção ao socialismo, trata-se do contrário.

Informamos que consultamos os dirigentes das demais correntes da executiva: Poder Popular, APS e Enlace e todos se pronunciaram contrários a esta decisão de Porto Alegre e a consideraram equivocada. Isto é importante porque abre a possibilidade de se reverter esta gravíssima decisão de aceitar o financiamento do grupo Gerdau e também porque abre um espaço maior no partido para fazer esse debate e condenar de forma mais ampla este tipo de prática política que os dirigentes do MES querem trazer para dentro do PSOL. De toda forma, não sabemos se ainda será possível reverter a decisão, nem se dará tempo, nem se haverá uma reunião de executiva, embora formalmente a maior parte dela discorde da decisão tomada em Porto Alegre.

David Lobão – Vice Presidente Estadual do PSOL/PB

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Leia nota da Direção Nacional do PSTU sobre o atentado contra o presidente licenciado do Rodoviários do Amapá, Joinville Frota

ATENTADO CRIMINOSO CONTRA A VIDA DE JOINVILLE FROTA, CANDIDATO A PREFEITO PELO PSTU EM MACAPÁ

Por volta de 02h:45min da madrugada de sábado (23 de agosto), ocorreu uma tentativa de incendiar a casa de JOINVILLE FROTA, candidato à prefeito do município de Macapá pelo PSTU, e presidente licenciado do Sindicato dos Rodoviários do Amapá.

Vários elementos pularam o muro de sua residência e atiraram na parede da casa uma bomba caseira, feita com uma garrafa de gasolina e um pedaço de pano em chamas (coquetel molotov). O fogo se espalhou pela parede e só com muito esforço foi controlado pelo próprio Frota e sua filha. O incêndio poderia ter tirado a vida do presidente do SINCOTTRAP e de toda a sua família.

Este é o quarto atentado contra Frota e dirigentes do Sindicato. O primeiro ocorreu em 2003 com a invasão da sede do sindicato, o segundo ocorreu com a emboscada que tentaram fazer contra a vida de sua companheira e diretora sindical, o terceiro ocorreu no inicio do ano com a tentativa de incêndio à sede do sindicato, agora mais uma vez com a tentativa de incêndio à sua casa do presidente do SINCOTTRAP.  

QUEM SÃO OS RESPONÁVEIS POR MAIS ESTE ATO CRIMINOSO?
No momento não podemos afirmar, ou mesmo apontar algum suspeito. O certo e que esse ato criminoso acontece dois dias antes de uma paralisação em duas empresas de ônibus (Viação Amapaense e Capital Morena), que vai ser feita pelos trabalhadores contra o descumprimento do acordo coletivo e pelo plano de saúde, e alguns dias antes de audiência na justiça, onde o sindicato acionou empresas de ônibus da região. Tudo isso só vem confirmar a regra de que todos os atentados acontecem em períodos em que a categoria está em luta salarial.

Frota está à frente de um dos sindicatos mais combativos do Estado. O sindicato que junto com a categoria há anos trava uma luta permanente contra os Empresários em defesa dos direitos da categoria, e contra as tarifas abusivas que eles tentam cobrar da população. Além disso é um militante socialista que defende a luta dos trabalhadores e profundas transformações sociais em nosso pais. Tudo isso tem angariado, contra ele, o ódio dos Empresários de ônibus e de boa parte dos Empresários do Estado.

Mas não podemos deixar de registrar que, até agora, não houve por parte das autoridades públicas, sejam dos órgãos policiais, do judiciário, do governo do Amapá ou Federal, qualquer medida concreta que tenha levado à identificação e punição dos responsáveis pelos atentados anteriores. Isso torna o poder público cúmplice e incentivador de atos criminosos como este que acaba de ocorrer. Qualquer agressão que venha a acontecer novamente contra a vida e a integridade física de Frota e sua família, portanto, debitaremos na conta das empresas de ônibus, do governo do Amapá e do governo lula.

Exigimos das autoridades públicas medidas imediatas e efetivas contra o atentado. Cabe ao TRE e TSE garantir condições democráticas para que Frota leve adiante sua campanha pela prefeitura de Macapá. Cabe ao governo do Amapá e ao governo Federal, aos órgãos policiais, ao poder judiciário identificar e punir os responsáveis pelo atentado (mandantes inclusive). Responsabilizamos diretamente o governo do Amapá e o Governo Federal pela garantia da vida e da integridade física de Frota e sua família.

O atentado contra frota, por outro lado, vem somar-se a uma longa lista de agressões feitas, pelo empresariado e pelas autoridades, contra trabalhadores, sindicatos e movimentos sociais nas várias regiões do país. Assim conclamamos a todas as organizações da classe trabalhadora, às entidades democráticas do nosso país, como a OAB e outras, a solidarizarem-se com Frota, sua família e o SINCOTTRAP, bem como contra todo este estado de coisas. A somarem-se à exigência de respeito aos direitos sindicais e democráticos dos trabalhadores, contra a criminalização da luta e das organizações da classe trabalhadora e pela garantia de vida de seus dirigentes.

São Paulo, 23 de agosto de 2008

Direção Nacional do PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores

Zero Hora mostra o estilo de vida Vera Guasso

Vera-Guasso

A coluna Estilo Próprio de Fernanda Zaffari do Zero Hora entrevistou nossa companheira Vera Guasso de uma forma bem diferente, mostrando o "jeito de viver" de Vera. Vale a visita.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Entenda a súmula do STF que limita o uso de algemas

No charges.com

100 metros rasos...

olimpiadas-amorim

Amorim

CUT chama atentado contra a Conlutas de "suposta invasão"

No último dia 13, a Direção Executiva da CUT, tornou pública através de seu portal, nota em que desconhece o atentado ocorrido contra a assembléia de trabalhadores da construção civil no Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. A nota "indignada" tem alvo não somente à Conlutas mas também ao nosso partido como se pode ler aqui: "Atitude sectária e divisionista, a serviço de inconfessáveis interesses partidários do PSTU, da qual as mais recentes acusações são apenas um traço de completa falta de caráter".

Não temos o menos menor receio de dizer que a CUT é sim uma das principais interessadas em que os trabalhadores não se organizassem na associação, e repudiamos aqui a degenerscência completa e total da executiva cutista, que sequer teve a coragem de prestar solidariedade ou de exigir que os culpados sejam punidos. Aliás, muito pelo contrário, a nota termina acusando o sindicato de metalúrgicos de anti-democrático. Dá pra acreditar?

Para ler:

Como muito nos interessa ouvir a opinião dos blogonautas que passam por aqui, estamos com uma enquete sobre o tema no blog: Quem é o principal suspeito no atentado?

Campanha de Ivan Valente em São Paulo denuncia o financiamento privado das demais candidaturas

Muito bem sacado o programa da frente de esquerda em São Paulo (Alternativa de Esquerda para São Paulo), associando a questão da conhecida propaganda do MasterCard com as campanhas milionárias de Marta, Alckimin e companhia.

Assista:

Coletivo Marxista Revolucionário Paulo Romão sai do Enlace e entra na Conlutas

O portal da CONLUTAS publicou no último dia 18 o manifesto do Coletivo Marxista Revolucionário Paulo Romão que rompeu com o ENLACE e ingressou na Conlutas.

No texto, assinado por 30 militantes do Rio de Janeiro, os companheiros afirmam que:

Mais do que nunca é necessário ousar, experimentar uma nova forma organizativa que confronte o modelo capitalista evidenciando suas contradições e que tenha a capacidade de unificar toda a esquerda socialista combativa com autonomia frente aos partidos e governos, e que seja anti-capitalista, anti-monopolista, anti-latifundiá ria e acima de tudo socialista!

Leia o artigo inteiro aqui.

sábado, 16 de agosto de 2008

O país da classe média

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Simon

"Barack Obama é o Blair americano"

800px-John_Pilger A frase é do jornalista e documentarista australiano Jonh Pilger no seu artigo Obama, the prince of bait-and-switch de 24 de julho de 2008, que traz dados assustadores sobre a ofensiva de guerra estadunidense sobre o Afeganistão, como a aterradora cifra de 1853 bombas lançadas no solo afegão nos seis primeiros meses de 2008.

Reproduzo aqui na íntegra a tradução do artigo publicada no portal portugês Resistir.

Obama, o príncipe do engodo

Em 12 de Julho, The Times dedicou duas páginas ao Afeganistão. Foi sobretudo acerca do calor. O repórter, Magnus Linklater, descreveu em pormenor o seu desconforto e como teve necessidade de ser borrifado com água fria. Ele também descreveu o "grande drama" e a "rotina meticulosamente praticada" de evacuar um outro jornalista demasiado calorento. Para as equipes de resgate da US Marine, escreveu Linklater, "salvar uma vida tem prioridade sobre a segurança [deles]". Junto a esta peça havia uma reportagem cujo parágrafo final mencionava que "47 civis, a maior parte deles mulheres e crianças, foram mortos quando um avião da US Air Force bombardeou domingo uma festa de casamento no leste do Afeganistão".
Carnificinas nesta escala são comuns, e na maioria das vezes permanecem desconhecidas para o público britânico. Entrevistei uma mulher que havia perdido oito membros da sua família, incluindo seis filhos. Foi lançada uma bomba de 500 libras [227 kg] US Mk82 sobre a sua casa construída com barro, pedras e palha. Não havia "inimigo" nas proximidades. Entrevistei um director de escola cuja casa desapareceu numa bola de fogo provocada por outra bomba de "precisão". Lá dentro estava nove pessoas – sua esposa, seus quatro filhos, seu irmão e sua esposa, e sua irmã e seu marido. Nenhum destes assassínios em massa foi notícia. Tal como Harold Pinter escreveu a respeito de tais crimes: "Nada chegou a acontecer. Mesmo quando estava a acontecer isto não estava acontecer. Não importava. Não tinha interesse".
Um total de 64 civis foram bombardeados até à morte enquanto o homem de The Times estava inconfortável. A maior parte eram convidados na festa de casamento. As festas de casamento são uma especialidade da "coligação". Pelo menos quatro delas foram arrasadas — nas províncias de Mazar, Khost, Uruzgan e Nagarhar. Muitos dos pormenores, incluindo os nomes das vítimas, foram compilados por um professor de New Hampshire, Marc Harold, cujo Projecto Memorial de Vítimas Afegãs é um trabalho meticuloso de jornalismo que envergonha aqueles que são pagos para manterem o registo em dia e relataram quase tudo acerca da Guerra Afegã através dos serviços de relações públicas dos militares britânicos e americanos.
Os EUA e seus aliados estão a lançar números recorde de bombas sobre o Afeganistão. Isto não é noticiado. No primeiro semestre deste ano, foram lançadas 1853 bombas: mais do que todas as bombas de 2006 e a na maior parte de 2007. "As bombas utilizadas mais frequentemente", relata o Air Force Times, "são as de 500 libras e 2000 libras [907 kg] conduzidas por satélite...". Sem esta carnificina unilateral, o ressurgimento dos Taliban poderia não ter acontecido. Mesmo Hamid Karzai, fantoche americano e britânico, disse isso. A presença e a agressão de estrangeiros quase uniu a resistência que agora inclui antigos senhores da guerra outrora na folha de pagamento da CIA.
Este escândalo seria a manchete dos noticiários, se não fosse aquilo que o antigo porta-voz de George W. Bush, Scott McClellan, denominou de "activadores da cumplicidade" ("complicit enablers") — jornalistas que funcionam como pouco mais de alto-falantes oficiais. Tendo declarado que o Afeganistão era uma "boa guerra", tais activadores da cumplicidade estão agora a incensar Barack Obama quando ele se passeia pelas festas sanguinárias no Afeganistão e no Iraque. O que eles nunca dizem é que Obama é um terrorista (bomber).
No New York Times de 14 de Julho, num artigo destinado a aparentar como que o fim da guerra no Iraque, Obama exigiu mais guerra no Afeganistão e, com efeito, uma invasão do Paquistão. Ele quer mais tropas de combate, mais helicópteros, mais bombas. Bush pode estar de saída, mas os republicanos construíram uma máquina ideológica que transcende a perda do pode eleitoral — porque seus colaboradores são, como disse sucintamente o escritor americano Mike Whitney, democratas do "engodo falso" ("bait-and-switch"), dos quais Obama é o príncipe.
Aqueles que escrevem de Obama que "no que se refere a assuntos internacionais, ele constituirá uma enorme melhoria sobre Bush" demonstram a mesma ingenuidade deliberada que apoiou o "engodo falso" de Bill Clinton – de Tony Blair. Com Blair, escreveu Hugo Young no fim de 1997, "a ideologia rendeu-se inteiramente a 'valores'... não há vacas sagradas [e] nenhuns limites fossilizados para o campo sobre o qual a mente possa estender-se na busca de uma Grã-Bretanha melhor...".
Onze anos e cinco guerras depois, pelo menos um milhão de pessoas está morta. Barack Obama é o Blair americano. É irrelevante que ele seja um operador calmo e um homem negro. Ele faz parte de uma sistema duradouro e desenfreado cujos chefes de banda e grupos de apoio nunca vêem, ou querem ver, as consequências de bombas de 500 libras despejadas erradamente sobre casas de barro, pedras e palha.

Recorde histórico no Congresso Nacional

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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Brasil nas trincheiras ianques também no Irã

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Essa deu no portal português Resistir.

Em sua jornada de servilismo ao imperialismo estadunidense, o governo Lula está agora colaborando militarmente com Bush em exercícios militares nas costas iranianas com a fragata de guerra Greenhalgh sob o comando da marinha ianque.

A notícia também pode ser lida aqui.

Seu Hélio

O camarada "Chicano", de Florianópolis (SC), conta a história do velho engraxate da cidade paradisíaca. Morador de um dos mais belos locais turíscos do Brasil, Seu Hélio foi sendo afastado de sua cidade para dar lugar aos turistas "bacanas". Uma situação cada vez mais comum em nosso país. Em Florianópolis, a beleza natural vem sendo privatizada. Foi o que aconteceu com o Costão do Santinho, uma praia maravilhosa que teve o acesso fechado para a construção de um resort. E só entra quem tiver muito dinheiro para pagar a estadia caríssima: na baixa temporada, um pacote de sete dias custa mais de R$2.700. Seu Hélio teria de engraxar muitos sapatos para apreciar o resort...


Seu Hélio

Com as mãos carcomidas pelo trabalho
Caminhar trôpego de velho
Lá vem Seu Hélio
Cantar sua canção
Épica em tom de lamento:
A parábola da vida moderna.
Hélio, astro-rei,
Produtor de toda luz e energia,
É tratado como se nada fosse
E todos os planetas dele
Só querem lhe beber a luz
E nada mais.


Conheci seu Hélio no Centro. Ele veio caminhando em curvas, sem aparente propósito ou direção. Quando percebi, ele já estava sentado ao meu lado. Ele pediu um cigarro e começamos a conversar. De início, confesso que não entendi nada que disse. Da sua boca sem dentes saia um som incompreensível, uma outra língua à qual eu não estava acostumado. Aos poucos, fui limpando meus ouvidos dos meus preconceitos e foi assim que comecei a entender o que aquele senhor de aparência desoladora falava.

Sorriso camarada no rosto, pele enrugada, bonezinho gasto empinado na testa, cabelo grisalho, chinelinho de dedo, aquele homem mostrou-me suas mãos calejadas. Veias grossas permeavam seus braços e suas unhas guardavam a graxa do ofício. “Há quarenta anos engraxo”, disse ele esfregando uma flanela imaginária no ar. “Naquele tempo era mió, todo mundo usava sapato, até as criança”.

“É pena, neinguém dá valor. Engraxo bem e é só. Cobro dois real, mais barato que os colega até. Moro longi, em Palhoça, e as passagem é dois e quarenta. Em dia bom, tiro quarenta até. Dá pra comer e comprar um cigarrinho”, diz sorrindo.

A história de Seu Hélio é simbólica, porque retrata o drama da classe trabalhadora. Em nossa sociedade, os trabalhadores ganham o suficiente pra recuperar as energias e só, nada mais. Seu Hélio é um nativo da ilha de Florianópolis, mas hoje mora longe e tem de passar várias horas no ônibus para chegar ao local de trabalho e também para retornar a sua casa. Quando lhe perguntei sobre isso, a resposta estava na ponta da língua: “Os alugué, né? Vem esses bacana de fora, lá de São Paulo e de otros lugar. Eles vêm pra cá pra passear e nóis é que pága”.

Atualmente, muitas localidades do litoral brasileiro passam por um fenômeno em que se transformam em verdadeiras “cidades-balneário”, ou seja, sua função passa a ser de vender suas belezas naturais e atrativos culturais, oferecendo uma infra-estrutura urbana desde aeroporto até... engraxates. Seu Hélio não tem dinheiro para pagar o aluguel cada vez mais caro, apesar de trabalhar de sol a sol e, assim, foi expulso para regiões cada vez mais longes do centro.

Apesar da exploração e por ser tratado como inferior pelos “bacanas” que vão engraxar, Seu Hélio não se deixa abater. “Dinheiro não traz felicidade. Eles só pensa nas coisa que tem e nas que ainda querem ter. Passo aperto, mas sô filiz”. Quando apertamos nossas mãos e lhe perguntei seu nome, Hélio, sorri e fiquei contemplando o velho indo embora. E comecei a cantar aquele velho samba: “A sorrir eu pretendo levar a vida, pois chorando eu vi a mocidade perdida. Fimda a tempestade, o sol nascerá”...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

terça-feira, 12 de agosto de 2008

A luta palestina perdeu seu maior poeta

mahmud Faleceu neste sábado, dia 09 de agosto de 2008, em um hospital do Texas, Mahmoud Darwich, um dos maiores poetas árabes da atualidade, autor de obras respeitadíssimas como o poema "Carteira de Identidade" de 1964. Essa e outras poesias de Darwich estão publicadas no especial Intifada Palestina do portal do PSTU.

O blog Molotov registra seu pesar pelo falecimento de Mahmoud, na certeza que todos os que lutamos por um mundo melhor estamos agora de luto.

Ficha suja em charges

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Junião

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Clayton 

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Amâncio

Sobre o PSTU e a crença no divino.

Pra começo de conversa sou ateu irredutível, tal como nos termos do velho em seu testamento. Não creio em Deus, no Espirito Santo, na santa Igreja católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo nem muito menos na vida eterna. E é claro não concordo com meu camarada Iskra sobre a existência do divino.

Mas o ateísmo não é um princípio de nosso partido, não faz parte de nosso programa, aliás tal como coloca nosso camarada Rodrigo Ricupero no artigo "Os marxistas e a religião", "respeitamos o sentimento religioso assumido por boa parte dos trabalhadores do país" e "temos um respeito ainda maior por aqueles que querem transformar a sociedade e são religiosos, pois não utilizam as religiões, em suas diversas formas, para manter a dominação dos poderosos".

O que não quer dizer que os que entre nós somos materialistas não estamos dispostos a defender nossas posições, obviamente estando abertos ao debate, mas sem deixar de afirmar que "não há marxismo conciliável com a crença em entidades sobrenaturais" tal como faz o camarada Zé Luis, no artigo que tanto incomodou meu bom amigo Iskra. Recomendo a leitura do artigo de Zé Luis, mesmo sobre os protestos do co-fundador do blog Molotov, acerca das posições políticas de Dawkins. Assim como volto a recomendar a leitura do "Por que somos ateus" de Henrique Carneiro.

Sabemos que esse é não é um debate fácil, e independente dele, seguimos apresentando nosso partido como a casa certa para todos os lutadores honestos, sejam ateus, religiosos ou o que quer seja, para que possamos juntos, e através de nossa luta revolucionária, construir um mundo absolutamente novo, na terra, e durante nossas vidas.

O dialético Jay Gould versus o neoliberal Dawkins

Em outra ocasião este "sócio-fundador" do blog Molotov que vos escreve (Iskra) já havia polemizado democraticamente com um artigo do companheiro Zé Luís dos Santos, de São Paulo. Foi em novembro de 2007, na postagem Stephen Jay Gould e a religião.

Agora, diante do novo artigo do companheiro publicado no Portal do PSTU, intitulado O ateísmo arrasador de Richard Dawkins, vejo-me na obrigação de voltar à carga contra os delírios do fundamentalismo ateísta.

O artigo do companheiro, no afã de buscar argumentos a favor de sua posição fundamentalista ateísta, comete um erro grave: apelar para um talibã neoliberal apóstolo do individualismo: Richard Dawkins.

Richard Dawkins e
Stephen Jay Gould são considerados dois dos maiores nomes do século XX no estudo sobre a Teoria da Evolução de Charles Darwin. Todavia, os dois evolucionistas travaram durante toda a vida uma batalha intelectual, que reflete em parte suas posições políticas.

Stephen Jay Gould, que sempre simpatizou com o marxismo, e teve uma atuação política como ativista progressista, é o autor da genial Teoria do Equílibro Pontuado, profundamente influenciada pela dialética de Marx.

Já Dawkins, que o companheiro Zé Luis reivindica, é o autor da Teoria do Gene Egoísta, que afirma que a Evolução se baseia em uma tendência genética "natural" de todos os seres vivos à competição individualista (relegando a segundo plano a imensa contribuição das distintas formas de cooperação entre espécies no processo de Evolução).

A Teoria do Gene Egoísta de Dawkins sempre foi utilizada pelos mais reacionários neoliberais como justificativa "científica" para o chamado "darwinismo social", ideologia que afirma que os seres humanos devem competir de forma predatória entre si, a partir de uma perspectiva individualista, deixando de lado qualquer "utopia" socialista ou socializante. O próprio Dawkins, como simpatizante do neoliberalismo, nunca se opôs a esse uso de sua teoria.

Stephen Jay Gould protagonizou um combate sem tréguas à Teoria do Gene Egoísta de Dawkins, à qual nunca deu nenhum crédito. Denunciou ainda a utilização dessa teoria como base das ideologias individualistas neoliberais.

É de se lamentar que alguns companheiros, no desejo desesperado de "provar" a sua suposta verdade de que "não há marxismo conciliável com a crença em entidades sobrenaturais" (nas palavras do próprio artigo), chegem a se valer de teóricos que estão do outro lado da trincheira, como Dawkins, que foi combatido no plano científico por um pensador do porte de Jay Gould, o grande biólogo dialético.

Seis anos após a sua morte, só temos a dizer: Stephen Jay Gould, presente! "Gene egoísta" e Darwinismo social: NÃO PASSARÃO!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Ouça entrevista com Vanessa Portugal à rádio CBN

Nossa companheira Vanessa Portugal participou ontem de entrevista à CBN, em que defendeu a sobretaxação para grandes empresas em Belo Horizonte, denunciou o Orçamento Participativo, defendeu um grande plano de obras públicas, a municipalização do transporte rodoviário, entre outras coisas.

Ouca aqui a entrevista.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Eleições nas charges de Amâncio

Acabei de receber duas charges do meu camarada Amâncio sobre eleições especiais para o blog. Valeu Amâncio.

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sábado, 2 de agosto de 2008

DIEESE informa: O mínimo está mais mísero

salariomisero  O Dieese divulgou neste 1º de agosto a nota imprensa "Alimentos continuam em alta em 14 capitais" aonde destaca que "com a alta ocorrida na maioria das localidades, o salário mínimo necessário passou a corresponder, em julho, a R$ 2.178,30, o que representa 5,25 vezes o piso em vigor (R$ 415,00)".

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Inflação no dia a dia

Waldez e J Bosco retratam o dragão da inflação no dia a dia do brasileiro. Waldez já demarca logo a piadinha do dia dos pais que com certeza vai ser usada por outros e manda também uma da Lei Seca. Já J Bosco trabalha a questão das eleições. Muito bons.

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