terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Francesco Cossiga acusa CIA e Mossad pelos atentados de 11 de setembro de 2001

Georges Bourdoukan é jornalista e escritor nascido no Libano, autor de "O Peregrino" "A Incrível e Fascinante História do Capitão Mouro" e "Vozes do Deserto" e cronista da revista Caros Amigos. No início deste mês Bourdoukan repercutiu em seu blog a notícia publicada no Corriere della Serra, de que o ex-presidente da Itália, Francesco Cossiga, havia acusado a CIA e o Mossad por planejar atentados do 11 de setembro e que tal fato era de conhecimento dos serviços de informações a nível global.

Bourdoukan, registrou hoje o silêncio profundo e deprimente de todos os meios de comunicação inclusive os de esquerda acerca da denúncia de Cossiga. Como concordo com o jornalista acerca do assunto, não poderia deixar nosso Molotov na vala comum a qual Bordoukan denuncia.

Particularmente, creio ser plenamente viável tal possibilidade, não só pelo histórico das conspirações oficiais ianques, mas em especial pela situação política e econômica de então. Vejamos:
  1. Até 2001, a economia estadunidense se afundava em uma imensa crise tendo levado os mercados emergentes a quebrar um após o outro (México 1994, Tigres asiáticos 1995, Rússia 1996, Brasil 1997);
  2. O presidente George W Bush vivia também uma tremenda crise de credibilidade tendo sido empossado sem ter sido eleito;
  3. Os EUA não conseguiam avançar em seus planos imperiais militares na medida em que apesar do apoio a todo tipo de bando mercenário e a construção de golpes não tinham ainda conseguido superar sua síndrome do Vietnã;
  4. A resistência e o sentimento anti-imperialistas assim como os movimentos anticapitalistas se encontravam em ascenso por todo mundo inclusive dentro do próprio território ianque;
Eis que surge Bin Laden e no fim das contas o resultado prático dos atentados foram:
  1. O incremento da indústria bélica, o saque do petróleo iraquiano pelos EUA e os "planos de reconstrução" dos territórios invadidos favorecendo em especial as indústrias estadunidenses;
  2. Bush, assumiu o posto de liderança mundial na luta contra o terror e foi reeleito presidente em 2004;
  3. Duas guerras levaram contingentes de soldados ianques à invasão do Afeganistão e do Iraque;
  4. Leis duras contra os movimentos sociais foram implantadas em especial no território estadunidense como o ato patriota.
Vale lembrar que o principal argumento pró-Bush em 2004 foi justo a luta contra o terror e que ainda hoje ninguém achou os destroços do boeing que acertou o pentágono.

É preciso cobrar a verdade sobre os fatos. Nada justifica o massacre contra os povos de todo o mundo levado adiante pelos abutres ianques. Nada justifica Guantanamo e Abu Ghraib. Mas se o injustificável está alicercado em cima de atentados promovidos pelos próprios ianques, mais motivos ainda tem todos os povos do mundo para se rebelar.

Leia o que blog já publicou sober os atentados aqui.

3 comentários:

Anônimo disse...

Me lembro muito bem do Osama Bin Laden negar que tinha sido o autor do atentado. Ou esse Osama é um frouxo ou ele estava falando a verdade !!!

Simples assim.

Qual seria a razão dele pra negar ?

Diego Bevilacqua disse...

Como Michael Moore já tinha denunciado George Bush como mentor do crime, veio a injeção de realidade para comprovar.
Um ex-líder de Estado dizendo isso deve ser considerado.
Com certeza, todos países dessa super-rede (incluindo o Brasil) estavam cientes da trama da qual se beneficiariam.

rafael rossi disse...

Sangue e Morte no ano de Marte

Ruas desertas no escuro da noite
É madrugada e sinto frio, porque faz sereno
São três da manhã e o terror noturno
Bate na porta um vento forte, que fala
E lembro de tudo, desde que era pequeno
Paro e penso no que estou vivendo.

Sangue e morte no ano de Marte
Mais uma guerra por petróleo e sem razão
A justiça pede abrigo entre o Império e o fascismo
Democracia é a desculpa desse mundo sem coração
No deserto dos seus olhos são milhões em oração.

Lágrimas que secam antes de cair no chão
A terra árida e dura como o nosso peito
Somos máquinas movidas por dinheiro
Não sei mais o que pensar, só sei o que devo,
O que quero e o que desejo está no seu beijo
É tudo tão rápido que quase me perco.

Intenso e lento, a dor que vem antes da explosão
Mas no grito de milhões, a solução
O sofrimento desse mundo é mais uma página do livro,
Uma pedra no caminho, um capítulo da História
Da humanidade, que a cada instante proclama sua vitória.

Mas o dia nasce e já está tudo bem
O sol irá se pôr e trazer outra noite também
E as horas, desse modo, correm na normalidade
E o sabor do teu beijo, o calor do teu corpo e os sonhos desfeitos
Tudo é passado, tudo é perfeito, na parede da memória
Teu retrato toma um ar mais ameno.

Não pense que tudo acabou, que a história encerrou
No drama da vida, ainda não fecharam a cortina
Não fecharam a cortina sobre nós nessa tragédia, que enceno
Aceno, então, pro futuro, espero o amanhã
Nos sonhos e na luta, na esperança de que um dia isso tudo muda.