sábado, 30 de junho de 2007

"O Haiti é aqui, no Complexo do Alemão"

É o título do artigo da companheira Luciana Candido publicado ontem à tarde no portal do partido. Nele, Luciana destaca que a megaoperação do último dia 27 realizada por 1200 policiais civis e militares e 150 agentes da Nacional de seguraça, não teve absolutamente nada de "corajosa" tal como declarou o secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame.

"Eles invadiram a favela por volta das 9h, com o “Caveirão”, blindado que é alvo de uma campanha da Anistia Internacional. Escolas, que já funcionavam parcialmente, foram fechadas, e o transporte parou ou foi alterado na região. Moradores foram feridos a bala e estilhaços de granada dentro de suas casas.

No mínimo 10 pessoas foram atingidas, segundo informou a PM: Luana da Silva, 8 anos; Larissa Andrade da Silva, 12 anos; Carlos Henrique Matias Vitoriano, 13 anos; Wesley Glauco da Silva e Ivo Urbano da Silva, 17 anos; Karen Cristina Baptista Borges, 20 anos; Valnice Alves da Silva, 27 anos; Mônica Pinto, 30 anos; Edvan Mariano de Souza, 32 anos; Arlete dos Santos, 48 anos. Arlete foi atingida por um tiro nas costas, na região lombar. Karen teve a perna ferida por estilhaços de granada. Elas não eram traficantes.

Dos mortos, pelo menos 9 já foram identificados. Entre eles, encontram-se três adolescentes de 13 a 16 anos. Desde o dia 2 de maio, quando a PM iniciou a invasão ao complexo do Alemão, já são contabilizados 44 mortos, segundo dados do próprio governo."

O artigo destaca ainda a caçada aos moradores do complexo empreendida pelos policiais, invadindo, destruindo e saqueando casas. A violência toma todos os contornos de CHACINA COVARDE no depoimento à Folha de S. Paulo de Maurício Campos, da Rede de Comunidades Contra a Violência, que relata o assassinato de um menino de 10 anos a facadas por policiais.

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