quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Fim da "era Palocci"? Meireles fora do BC? Conta outra.

Mal Lula foi reeleito, alguns petistas tentaram dar a entender que agora o segundo mandato seria diferente, que vem crescimento por aí, e obviamente para isso seria preciso mudar o plano econômico e afastar do BC o funcionánrio do Bank of Boston, Henrique Meireles. Nada mais lógico não é mesmo?

Foi o ministro das relações institucionais, Tarso Genro, a tentar dar a guinada em "defesa do desenvolvimento" como se pode ler no artigo da Folha Online:

Até posso dizer que, no primeiro ano do governo, ele prestou bons serviços. Mas taxas baixas de crescimento, preocupação neurótica com a inflação e sem pensar em distribuição de renda e desenvolvimento, isso terminou.

Atrás dele saiu todo eufórico o bloco do lulo-desenvolvimentistas já botando o Meireles pra fora do Banco Central. No artigo "Lula planeja desenvolvimentismo silencioso dentro das regras" publicado no Agência Carta Maior, lê-se:

Para tocar o projeto “desenvolvimentista”, o presidente planeja o seguinte para o próximo governo: manter os ministros Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento) e Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento); trocar a diretoria do Banco Central (BC), o que pode levar também à substituição do presidente, Henrique Meirelles; fazer do deputado Delfim Netto (PMDB-SP), que não conseguiu se reeleger no último dia 1º de outubro, uma espécie de conselheiro econômico informal do Planalto; e incorporar o empresário Jorge Gerdau ao governo.

A farra mal durou 1 dia com o próprio reeleito desmentindo o ministro.

Do artigo, "Lula desautoriza Tarso sobre "fim da era Palocci" e diz que economia não muda" lê-se sobre o fim da era Palocci:

Aquilo foi um produção independente. Claro que a seriedade com a política fiscal vai continuar.

Assim como sobre a mudança dos nomes do governo:

Acho uma irresponsabilidade essas especulações. O presidente sou eu. Quem troca ministro sou eu. O que posso dizer é que o meu ministro da Fazenda é o Guido Mantega e continuará sendo até quando eu quiser. Tenho até 1º de janeiro para definir o novo ministério e não tenho pressa

No fim das contas quem tava achando que o tão esperado "espetáculo do crescimento" iria dar o ar da graça a partir de 2007, é melhor tratar de tirar o cavalinho da chuva.

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